sexta-feira, 20 de março de 2009

Afeto

(Jornal da USJT, março/2009)

O senhor Aurelio Buarque de Holanda Ferreira diz:

Afetividade é o conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. (FERREIRA, 2001, p. 20)
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Fernanda, Lélia e Letícia completam:
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“Pode-se dizer, em outras palavras, no que diz respeito à afetividade, que um indivíduo pode ser afetado ou cometer o ato de afetar; ou seja, como seres sociais todos estão sujeitos, o tempo inteiro, a afetividade. Afetar, portanto, nada mais é que atingir; tratando-se de uma ação que acarreta conseqüências.
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Desde pequenos, na educação do ser humano, ouve-se falar da superioridade de pensar com a razão, como se o fator emocional se distanciasse significantemente das conquistas que, dizem os amantes da razão, são de caráter material. É necessário aqui rever alguns valores. As maiores conquistas da humanidade foram aquelas que, sem dúvida, envolveram a racionalidade humana, mas não se pode separar a motivação e os sentimentos de superação, busca, determinação, curiosidade, e até mesmo a própria capacidade de sonhar dos processos que desencadearam as grandes descobertas da humanidade. Não se deseja algo que não afeta o lado emocional, que não desperta vontade demasiada em descobrir, em ter, em ser. A necessidade, muitas vezes, impulsiona o indivíduo a buscar conhecimento, porém o aprendizado da necessidade vinda de fora, como algo externo, não é o mesmo da necessidade vinda de dentro do sujeito, que ambiciona sempre insatisfeito pelo que o afeta. Rosa (2003, p. 24) explica que “alimentamo-nos da tese segundo o qual o elemento distintivo do homem é a racionalidade. Que me perdoem os fiéis mais ortodoxos da razão, mas a originalidade do homem está no seu poder de sonhar”.
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Com o intuito de desenvolver a busca autônoma do educando pelo conhecimento é indispensável propiciar não só meios materiais para despertar seu interesse como também desencadear seus mecanismos internos. Como desencadeá-los? A resposta está na afetividade. Afetar visando à aproximação do aluno ao professor, possibilitando a eficiência no aprendizado, pois todos os sentidos do estudante estarão voltados para a aquisição de conhecimentos.” Trechos do artigo Afetividade para a formação integral do educando escrito por Fernanda, Letícia e Lélia
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Eu sinceramente acredito nisso, e experencio diariamente o ato de afetar, não só dentro da sala de aula, porque não faria sentindo, mas também em minhas relações “extra-classe”. Sou educadora em tempo integral, sou ser humano em tempo integral e não posso (e nem quero) ignorar o afeto em minha maneira de estar, ser e me relacionar com o mundo.

4 comentários:

dineia disse...

Lélia concordo plenamente com você. Parabéns Abraços prof. dinéia

rico disse...

Uau! Adoro saber que gente tão importante se sente afetada pelo meu blog. Obrigado pelos comentários em meu blog. Abração do Rico.

Fermina Daza disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fermina Daza disse...

Se todos soubessem do barulho que estava aquele bar quando a gente começou a escrever isso...

;)