terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ahhh o mar, o amor...


Meu ano só começa de verdade quando eu tomo um banho de mar, lavo corpo e espírito, me renovo, pra poder ter mais 365 chances de viver plenamente cada dia, mergulho em águas claras, pra que assim seja tudo o que faço, sinto e sou, as ondas me embalam, as ondas me acalmam, as ondas me acordam. E eu preciso mesmo acordar sentimentos adormecidos, descobri que não sei amar, preciso aprender. Quando eu era criança eu sabia, sabia sem precisar teorizar ou pensar muito a respeito, era amor, era simples, era pleno. O que foi que eu perdi desde então? E o que ganhei? Perdi inocência e ganhei desconfiança, perdi espontaneidade e ganhei arrogância. E como eu fico? Não sei. Não sei se isso se aprende sozinha, não sei se existe disposição da humanidade para o amor, não sei se ainda consigo olhar nos olhos de alguém e pronunciar aquela frase que muitos banalizaram, não sei porque desaprendi algo tão sublime, que eu deveria guardar com todo cuidado. Sim, fui displicente, um mar de lágrimas já derramei por isso e nada adiantou, continuo sem saber.
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Nostálgica ou não, eu quero o amor de volta, que ele venha envelhecido, um pouco esquecido, levemente capenga, mas que venha, e que em 2010 eu consiga enxergá-lo. Ficarei atenta, acordada e disposta a reaprender...

domingo, 3 de janeiro de 2010

2010


Vamos festejar? Será? O ano começou com muitas enchentes, mortes, desabamentos, mortes, afogamentos, mortes, desapropriações, mortes, acidentes, quedas, mortes, mortes. Por esse motivo ainda não consegui saudar o novo ano com a alegria típica desses dias, a esperança está capenga, mas ainda está lá, pois mesmo que não pareça agora, eu sou uma otimista. Crianças ainda são crianças e sorriem com alegria contagiante, sou ladra de alegrias, me aproveito do riso fácil delas para acalmar meu coração doente, talvez também por isso tenha escolhido ser professora, meu combustível são seus sorrisos, meu calmante preferido.
Pois é, 2010 chegou com muitas lágrimas misturadas as águas das chuvas, e não há nada que mude isso. Peço a Deus que dê força as famílias, alicerces e telhados mais firmes, nos ajude a construir uma arca bem maior que a de Noé e que as crianças nunca percam a alegria...