LAGARTA — Quem é você?
ALICE — A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu.
LAGARTA — O que você quer dizer com isso? Explique-se!
ALICE — Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma.
(Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll)
ALICE — A senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu.
LAGARTA — O que você quer dizer com isso? Explique-se!
ALICE — Receio que não possa me explicar, Dona Lagarta, porque é justamente aí que está o problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a mim mesma.
(Alice no país das maravilhas - Lewis Carroll)
"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver é que nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."
(Um sopro de vida – Clarice Lispector)
“Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!”
(Tabacaria – Fernando Pessoa)
Quem sou eu? Em permanente construção, não me atrevo a definir quem sou, porque posso já não ser mais aquilo que defini ser... sou memória, sou fragmentos de histórias, sou feita instantes, sou inacabada.
E você, quem é?