quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Dia de faxina

(Obra: Moça a janela, de Salvador Dali)
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Hoje eu acordei com vontade de rever sentimentos e atitudes, fazer uma limpeza geral para voltar a sorrir com mais inteireza.
Abri as janelas, deixando o sol inundar todos os ambientes, evidenciando as belezas, e as manchas de sujeira e mofo. Tudo ficou exposto.
Então comecei por, constatando as minhas deficiências, me perdoar, sem ficar lamentando o fato de eu ser imperfeita, mas exaltando o de ser humana, que me possibilita refletir sobre meus erros para transformá-los em aprendizado.
Também esclareci sentimentos e desculpei covardias, sem julgamentos e pela via amorosa.
Havia muita sujeira acumulada sob os móveis, tapetes, pessoas. Sujeira antiga, daquelas que a gente esfrega, esfrega, mas elas teimam em continuar lá. Essas eu não consegui limpar. Mas foi importante entrar em contato com elas.
Resolvi me preparar para as mudanças que eu sinto que estão a caminho. Fui generosa comigo, e me enxerguei com muito mais amor. Dei-me conta que sou uma pessoa muito especial, mesmo com minhas imperfeições, mas exijo tanto de mim que acabo me esquecendo de me admirar de vez em quando.
Outra descoberta importante, foi perceber que eu cobro muito das pessoas atitudes que eu teria, e isso é péssimo, nessa sujeira precisei colocar água sanitária... rs...
Obviamente que este dia de faxina é simbólico, pois há dias estou refletindo sobre estas questões, que estavam acumuladas principalmente no quartinho da bagunça que fica localizado na região central de "minha residência".
O que vai mudar? Não faço a menor idéia, mas o ato de refletir e buscar uma transformação já é um bom começo, acredito.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, moça bonita! Será que você permite a crítica construtiva de um jornalista? Menos auto - piedade e mais poesia. Não me leve a mal. Sou seu fã. Beijos.

Lélia Campos disse...

Permito que ache o que quiser, mas confesso que mesmo lendo e relendo o texto que escrevi não enxerguei nele auto-piedade, e talvez nem poesia, somente um desebafo necessário e despretencioso. Mas obrigada pela crítica, vou pensar a respeito.

Stive Ferreira disse...

Olá!
Gostei do texto e, nem de longe, enxerguei nele algo que pudesse ser chamado de auto-piedade. Poesia, sim, isto eu vi bastante! Mas, até que eu compreendo as palavras da pessoa que escreveu acima, quando interpretamos um texto, interpretamos muito mais o que a gente sente do que o que autor tentou dizer. Literatura é muito subjetiva.

Acho que é isto.
Parabéns pelo blog!

Fabiano Conte disse...

Eu adoro este quadro. Quando eu tinha casa, havia uma parede só pra uma reprodução dele.