quinta-feira, 31 de julho de 2008

Dosed


Música: Dosed - Red Hot Chili Peppers


Gosto muito: da música, da indicação, de quem indicou, das descobertas.
Gosto menos: do vídeo que é só uma imagem, da espera e da saudade que me dá escutá-la.
Não gosto: de ervilha.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Saudade!!!


As vezes me faltam palavras... mas não por falta de leitura, só porque a sensação é maior que qualquer palavra.

Estava sentindo muita falta do mar, de admirar esse fascinante gigante, sentir a brisa, caminhar sobre as areias a beira mar, mergulhar nas águas de Iemanjá, sentir o sol me queimar de leve(muuuuuito protetor pra tanta brancura, claro), de ler um bom livro com as ondas do mar como trilha sonora (mas o "Retrato de Dorian Gray" não foi um boa escolha para o momento, é maravilhoso, mas pesado demais para a acasião), enfim... me fez pensar na vida, ou na maneira como levo a vida e a vontade de sumir dessa cidade cinza voltou, ela sempre volta, ou será que nunca me deixou?

Para aqueles com quem gostaria de ter compartilhado esse momento, mas que estavam ocupados demais, trabalhando, esquiando, recuperando-se de cirurgias, mimando afilhadas, namorando ou se apaixonando.

terça-feira, 29 de julho de 2008

flores e eu


Será que todo mundo é como eu em relação a flores?
Sempre que passo por um jardim, sorrio... é incrível, é quase um reflexo...
orquídeas(ou lelias), gardênias, rosas, margaridas, girassóis, gérberas, azaléias, begônias, lírios, cravos... todas me fascinam, me encantam, me fazem sorrir...
Quem dera ter um jardim só pra mim... quem dera plantar rosas brancas com o homem que eu escolher para passar o resto da vida... quem dera ele aceite... quem dera ele exista... quem sabe eu já não o tenha encontrado e ele me traga a muda, terra adubada e a proposta de uma belo lugar para plantarmos...

Romântica incorrigível eu? Imagina... rs...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Um feliz reencontro

Imagem: "O beijo" de Gustav Klimt (1907-1908)

Eu confesso, adoro reencontros! Perceber o que o tempo proporcionou às pessoas, observar aquilo que nem o tempo transformou, mas, principalmente, adoro reencontrar aqueles que o tempo soube ser generoso, que ajudou a evidenciar suas melhores qualidades e madurou suas idéias e percepções. E foi isso o que aconteceu em minha última viagem ao interior.
O mundo teve que girar muitas vezes para finalmente nos encontrarmos verdadeiramente.
E mesmo que não haja um depois, mesmo que nossos caminhos não se cruzem novamente(Nossa! Que melodramático!! rs), foi uma bela surpresa encontrar "Romeu". Não que eu não me importe ou não deseje novos encontros, mas tendemos sempre a já fazer novos planos e esquecemos a importância da experiência, ou de refletir sobre ela. Aprendi com o que experenciei e foi uma alegria o que encontrei.
Romeu homem, Romeu maduro, Romeu engraçado, Romeu belo Romeu, Romeu sóbrio... rs...

E que o tempo nos diga o que virá agora, e depois, e depois, e depois...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Endereçada


Caros olhos que quero ver ao acordar todos os dias,

Olá, não quero parecer indelicada ou impaciente mas, onde é que vocês estão, hein?
Por acaso os vi ontem, e nem percebi que eram vocês?
Peço desculpas, se foi este o caso. Até achei que poderia ser, mas, na dúvida preferi não arriscar.
Nem preciso dizer que estou arrependida, né? Será que poderiam olhar novamente pra mim, daquele mesmo jeito? Pretendo estar mais atenta da próxima vez e sem medo de me entregar.
Não posso lhes dar garantias, queridos olhos de um colorido inesperado, mas, quem é que pode não é mesmo, em terrenos tão delicados?
Preciso lhes contar uma coisa: sou miope, até acho charmoso usar óculos, mas não uso sempre. Eu não os estava usando ontem. Repararam?
Pois é, talvez por isso não tenha percebido direito que eram vocês. Seria pedir demais que vocês chegassem um pouquinho mais perto na próxima vez? É que não sei se vou estar usando meus óculos.
Ah! E se porventura eu me perder nas palavras e esquecer o "fio da meada" da conversa, peço que não reparem, é que vocês me desconcertam.
Sei que talvez esteja pedindo demais a vocês, mas ainda preciso fazer um último pedido...


Beijem-me
(Imagem: "The lovers" de René Magritte)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Na concha



"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu..."

Chico Buarque


O que dizer quando o cinza do dia toma conta de todo o colorido que há em você?
Quando o esforço de ser permanentemente otimista é abalado, e nada, nada mesmo, parece ter importância? Nem o nascimento de um primo, nem a felicidade alheia, nem o sorriso da pequena Elisa.

Tudo está me incomodando, pessoas, coisas, atos. Pareço estar no lugar errado, a espera de algum acontecimento que me tire dessa inércia, desse tédio. Tédio sem dinheiro é tão chato... Se eu pudesse, compraria uma passagem e iria agora, sozinha, para Grécia, Machu Picchu, Cidade do Cabo ou Chichén Itzá para me alimentar culturalmente e, de quebra, sarar desse tédio. Para amenizar a crise, comprei três livros, que já deveriam ter sido lidos há muito tempo, mas sempre acabava adiando por algum motivo, são eles: "Sidarta" de Hermann Hesse, "Do amor e outros demônios" de Gabriel García Márquez e "O retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde. Até o fim das férias pretendo ler todos, passo aqui para contar como foi a experiência.

Por agora, nada mais tenho a dizer, acho melhor voltar para minha concha, não gosto de conversar muito em dias como esse, acabo não sendo boa companhia. Mas amanhã o sol há de aparecer... acredito.

(Image: "Le Bain de pied" de Camille Pissarro, óleo sobre tela)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Férias


Deitada na rede, noite de somente uma estrela no céu.
Acho tão triste, mais triste do que nenhuma estrela no céu, porque deste último modo eu imagino que estão todas lá, escondidas pelas nuvens, porém quando vejo apenas uma, fico com a sensação de solidão, com a impressão de que a esta única estrela foi negada a possibilidade de também se esconder, já que nem as nuvens quiseram escondê-la.
Será que ela teve escolha? E se teve, será que foi consciente esta atitude corajosa?
Será que eu seria capaz de um ato heróico?
Deitada na rede, noite fria, solitária, reflexiva... Cadê meu chocolate quente?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Lágrimas e casamentos


Mais um casamento... as pessoas de minha família têm casado bastante nos últimos tempos...
Houve um época em que me recusava a ir a casamentos, achava "um saco" aquelas pessoas exageradamente enfeitadas, que ficavam falando dos vestidos alheios, da decoração, dos salgadinhos, me sentia incomodada, inadequada, fazia questão de dizer a todos que não iria casar, não via sentido nesse tipo de união ultrapassada.
Hoje, muitos anos depois, penso um pouco diferente...
Sim!!! Eu choro em casamentos!!! Bem, eu choro em muitas ocasiões. Sou a típica manteiga derretida. Se estou feliz, se estou triste, se um cisco adentra em meus olhos, se vejo alguém feliz, se estou com sono e não posso dormir, se estou com raiva, angustiada e até sem motivo, eu choro!!!!! Lágrima é minha linguagem favorita, me perco e me encontro nesse mundo, as vezes me sinto Alice, afogada em minhas próprias lágrimas.
Mas voltando ao casamento, minha prima estava radiante, noivas normalmente ficam radiantes neste dia. Me senti feliz de poder participar deste momento especial para ela. Eu não tenho mais problema em assumir que agora me divirto com todos aqueles excessos, de brilhos, de alegrias, de superficialidades. Gosto de encontrar os familiares nessas ocasiões, as pessoas têm sempre alguma observação a fazer em relação a você, e surpreendentemente, algumas(poucas, claro, a maioria é equivocada e ignorável) são pontuais e enriquecedoras.
Pra falar a verdade, eu sou uma caipira do interior morando numa cidade grande, romântica disfarçada de mulher bem resolvida, aquela que sonha escondido com o dia de seu casamento mas jura que nem se importa com isso, que sempre dá uma rezadinha durante as cerimônias de união pedindo a Deus para agilizar o seu "processo de união" mas faz questão de dizer que não tem pressa.
Pois é, eu me disfarço o tempo todo, me escondo atrás de teorias, mas no fundo, sou apenas uma mulher que deseja ser amada e que, somente quando as lágrimas escorrem é que me mostro inteira, sem disfarces... e talvez por isso é que poucos me vêem chorar...