quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pitada de mim


O que acontece quando algo que parecia intocável se quebra?
Quando o fluxo cessa? Quando as idéias somem?
Gostaria de ter dito aquilo que não disse.
Reivindico o direito de ser desconexa, de ser... de ser.

“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”
(Fernando Pessoa)

Muitos sonhos e um certo cansaço...
Muitos nadas intrínsecos, que me amedrontam e fascinam.
Vãos que me fazem parar, ao mesmo tempo que me impulsionam a seguir.
A sensação é de que, logo antes de eu existir agitaram demais a substância de que sou feita.
Ficaram tantas bolhinhas, quase como um chocolate Suflair.
Não me agite mais, por favor! Já estou muito misturada.
Misturada e airada.
E nessa movimentação toda, cheguei aqui já meio cansada, tô procurando um lugarzinho calmo desde então, para desacelerar, sem me fixar totalmente. Às vezes encontro pelo caminho meias palavras, meias verdades, meias paixões, mas principalmente meias pessoas, e isso me preocupa.

Mergulho inteira e quero inteiro! Não abro mão de nenhuma parte!
E não tenho paciência para quebra-cabeças...

2 comentários:

Leco Vilela disse...

engraçado...(tenho dito muito essa palavra hoje) As vezes chego a pensar que o jogo de montar esse quebra-cabeça é que tem dado graça a muitas coisas que antes não tinham a minima! Também sou intenso num aspecto claro, sou um bom aquáriano não nego.

Mas tudo vai alem da dicotomia que nos fazem engolir!

Anônimo disse...

"Entre as coisas mais lindas que eu conheci, só reconheci, suas cores belas, quando eu te vi..." - Cássia Eller

Rara e fascinante!